A nuvem é composta por um aglomerado de partículas, é um universo em suspensão. Formada seja por água, gelo, poeira, esse aglomerado ainda se transforma, se diluí, ocasiona trovões, chuva, neve, relâmpagos, granizo e tempestades. De um ponto de vista cósmico é ela que faz a divisão da terra para o divino, manifestando-se em meio ao celeste, sendo insumo das contações de histórias e demarcando os momentos de rituais.
Maria traz o feminino, a força da fertilidade, dos ciclos, da bravura. E o feminino segura o mundo com seu sangue que faz nascer, que se transforma e dá forma. E se pensarmos, a chuva oriunda da nuvem também carrega a fertilidade mas também a força da mãe natureza.
Quando olhamos para nossa marca e os elementos que carregamos brincamos entre o criar, o fazer com as mãos, a experimentação de matérias, o acompanhar do tempo do preparo, da lapidação, da queima. Criamos também o momento para utilização dos nossos produtos, principalmente das velas que nos lembram da impermanência, mas também nos trazem ao momento presente. As cerâmicas e os vidros entram como elemento de apoio necessário à sustentação do que desejamos, estão ali nos acompanhando, dando base com sua longa vida de duração.
Maria Nuvem existe para dar forma a esse universo. É a celebração do feminino que é composto de ciclos e seus rituais que nos acompanham. É olhar e fazer a leitura do que se apresenta no agora e criar, ou propor, rituais do que desejamos incorporar.
Celebramos a transformação efêmera.